Eu reinventei o fogo só pra ver teus olhos brilharem
Eu busquei minha última gota de sangue
No fundo de um abismo negro
Eu torci minha alma como um lençol molhado
Depois me estendi como um lagarto na savana
Do teu beijo
Capturei os ruídos distantes de uma noite de verão
E entreguei-te como um presente
Embrulhado em minhas tripas ainda quentes
Eu colhi o algodão junto com os negros
Eu me banhei nu no missisipi ardente
Eu te trouxe o único pedaço de selva
Ainda intocado pelo homem branco
Eu senti as chagas de cristo brotarem
Em meus punhos cansados
Eu estava na sentença de morte
Sentado na cadeira com a pequena
Princesa moura...
Eu me reconheci no reflexo turvo
De um jovem soldado turco
No cerco à constantinopla
Eu entreguei meus pertences
A um estranho
Eu percorri mortificado as ruas
De Hamburgo
Eu ouvi as bombas que caiam
Como pétalas negras
Eu me escondi na sombra de um
Carvalho gigantesco.
sábado, 18 de julho de 2009
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