terça-feira, 28 de julho de 2009

Dai-me tua mão

1

Dai-me tua mão
Vamos até onde quisermos

Não olhe atrás
Pois não há nada
Além da luz que ofusca

Sua beleza finita que
Envelhece a cada
segundo.

Quero desfrutar sem
Corromper

Tirei meu olho esquerdo
Só para emprestar-te

2

O gosto amargo do teu vômito
Me deliciou
Teu útero palpita
E minha boca enoja

Tudo em volta, gira!
Tudo em volta, gira!

Epílogo:

Não sei, acho que volta...
Era a mãe de um anjo
Um anjo homem
Não macho reprodutor
Um anjo homem, apenas.
Que ao conhecer o vínculo quente
Foge para a sombra do progresso
E na cidade dos homens sem asas

É morto a pauladas
(Por ser puro)

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