sábado, 18 de julho de 2009

Apoteose dos sentidos

Sinto meu coração bater
Como num pesadelo estereofônico

Onde pedaços de meu suor poderiam
Destruir cidades inteiras

Mas prefiro voar desesperado
com meu par de asas acrílicas

Então, fragmentos desconexos
de meus sonhos cairão como
farelos no carpete de teus cabelos

Ainda tento reaver os sentidos
Mas agora já é tarde,
Pois as setas já estão cravadas
Em meu peito trêmulo

As insígnias do desassossego
Decoram meu velho uniforme
De guardião dos abismos

Musas petrificadas caminham
Sonâmbulas na apoteose dos
Sentidos

Ruídos que percorreram séculos
Eclodem em minha mente
Como um novo éden em ruínas.

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