Sinto meu coração bater
Como num pesadelo estereofônico
Onde pedaços de meu suor poderiam
Destruir cidades inteiras
Mas prefiro voar desesperado
com meu par de asas acrílicas
Então, fragmentos desconexos
de meus sonhos cairão como
farelos no carpete de teus cabelos
Ainda tento reaver os sentidos
Mas agora já é tarde,
Pois as setas já estão cravadas
Em meu peito trêmulo
As insígnias do desassossego
Decoram meu velho uniforme
De guardião dos abismos
Musas petrificadas caminham
Sonâmbulas na apoteose dos
Sentidos
Ruídos que percorreram séculos
Eclodem em minha mente
Como um novo éden em ruínas.
sábado, 18 de julho de 2009
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