Já parti todas as alavancas
Cortei todas as antenas
Embora fossem centenas
Na minha cabeça se destroçam
Metais terrosos
Enquanto vultos mastigam
Soldados jovens, na sombra de Brasília
Homens correm
Mas nenhum semáforo
Comenta nada
Mais um herói anônimo
Morreu humilhado
Cidadão, sujeito, predicado
O sangue ainda jorra
Mas o corpo é gelado
Nenhuma salva de tiros
Apenas mais um número velado
E na parede, um velho retrato
Flutua apaixonado
O ânus de cristo
Abençoado
segunda-feira, 27 de julho de 2009
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