quinta-feira, 8 de outubro de 2020

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Carrossel

Uma garrafa de tequila
O mundo gira como um
Carrossel de demônios
Como jazigo de mil Antônios.
O céu iluminado de vidro
Durmo saturado em meu
Cobertor de vômito.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Cadernos antigos

A rua é o novo Coliseu,
com bigas motorizadas
e tigres de farda.
O dedo está sempre
Para baixo.

segunda-feira, 13 de julho de 2020

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O ser eterno Terá tédio infinito Aproveite a vida e Abrace a morte... O resto é neurose Judaico cristã de "inferno", Culpa e premiação pós vida ... Inferno é conviver Com tanta mediocridade Travestida de autoridade e moral baseada em escravidão. Ou achas Que por ser "Doutor" em algo não és Escravo. Ser vassalo da vaidade intelectual É tão rasteiro com estar acorrentado a ignorância Dos absolutos categóricos... No final é tudo uma Questão de quantos dentes você tem, apenas e tão Somente. Dinheiro e ovos de serpente.

terça-feira, 7 de julho de 2020

Eu, o outro...

Eu sou meu outro
Aquele que saboreia
Minha dor com licores
Caros. Meu caro, minha
Sombra me assusta e se
Preciso for entramos em
Embate corporal, pois psique
A menina linda de minha juventude
É hoje uma falha no ventre de todas
As coisas sentidas e não vividas.
Os antidepressivos são balas, doces
A música toca, eu escuto torto, entorpecido.

Basho e a bomba nuclear

Teu seio apertado
Entre os juncos
Iansã...
Teu cabelo, perfume
de flor selvagem.
O samurai medita e
Comete harakiri, calmo
Como o pássaro.

quinta-feira, 2 de julho de 2020

Canto Gregoriano (de Matos)

(Para os amigos baianos...) Qual seu ódio favorito? Destilado? Fermentado? Ou verbalizado contra o vento. Não importa, ódio se absorve Por osmose. Grátis, dessossado E travestido de ideário, cosmovisão Ou ração para exterminar ratos. (Ora pro nobis) Santeria e toda fúria De Exu. Toda encruzilhada é um templo Levitando em éter, mãe da penúria terrena. Delírio urbano de um po-do-sol asfixiado Em São Salvador... Espada de São Jorge E muita fumaça de sálvia. O ere sorri encabulado É a vida se refazendo, apesar de tudo Apesar de tanto... Apesar das penumbras. A bruma do oceano lambe nossos pés.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

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Só sei amar O amargo Nas margens. Marginal, Boquete por Comida, astronauta De avenida... Tenho sangue na Saliva. Corre, a PM Chegou, surra e curra Travesti verde oliva.

quinta-feira, 7 de maio de 2020

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Confusão mental, dor no joelho, estômago... Mas isso é nada se comparado a saudade de ti, meu menino, que sejas forte como aço. Me odeio por não poder ser ter abrigo e escudo. Só não ponho um ponto final por ti, não sem que antes amadureça e possa te explicar da vida as mazelas. Sinto teu cheiro em uma camiseta velha, que cheiro com fúria de um lobo velho que protege a matilha. Não tenho respondido nada, me sinto só e não por vírus, minha quarentena começou a cinco anos em uma ponte. Isso é tudo que posso oferecer, tudo que sou, uma nau que queima, lentamente. Diante da multidão de miasmas, vultos grudados na parede do passado.

sexta-feira, 10 de abril de 2020

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Poema para Paulo Roberto Garcia Dickel
Adjacente Jaz no oco O medo de Respirar. Óbvio, tudo É breve, incluso A febre. Eu nunca Serei eunuco da Máquina, gulosa Em sua tara messiânica. Sem Deus ou capital Me agarro nos afetos Carne e máquina, na luz Negra do bar J. orvalho. O abismo se abre em teu Sorriso, então pulo, engolido Pelo inexplicável impulso Metafórico, semáforo, girafa. Savana urbana... Seiscentos Sóis, todos em eclipse total.

segunda-feira, 6 de abril de 2020

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Se vierem me linchar
Favor convidar, ajudo.

domingo, 5 de abril de 2020

Farpas de Abril

Teu corpo
Meu casulo
Onde me
anulo...

sábado, 28 de março de 2020

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Realidade é uma pele de plástico que sai com a idade.

sexta-feira, 27 de março de 2020

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A solidão é uma casa de paredes sólidas.
Sem portas ou janelas,
só o silêncio ensurdecedor das ausências.

quarta-feira, 25 de março de 2020

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Eu venho do vômito
Em golfadas quentes
Mas o gozo é resfriado.

Poema de amor 01

Sem a maldade como você perceberia a bondade nas pessoas? Somos um "clube" de insetos aprisionados no calabouço da mente. Divida sua dor como a hóstia consagrada pela peste. Beba o sangue podre que te oferecem, pois dele virá a força que precisas.

segunda-feira, 23 de março de 2020

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Wasted land...
Estados acelerados do medo e pânico unidos. Terra de bravos escravos da cenoura dourada no anzol que chamam bem estar. Reino desunido mas "todo mundo" acredita e chora durante o "Dog Save the Queer", que se foda, nunca acreditei em princesa. Brincava de soldado e sempre acabava "morto" no jardim da minha casa. Anjo sem asa, menino quieto, estranho.

sábado, 21 de março de 2020

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Os salmos estão sujos
Salgados para afastar
A peste, a morte te espreita
Por cada fresta,
Deus está infectado.

quarta-feira, 18 de março de 2020

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Sapateia na minha dor
Vem ungir meus cornos
De valete de paus...

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Dia, rompe o hímen do ouvido.
Risco de faca no peito amado.

terça-feira, 17 de março de 2020

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No teu sangue Denso me sinto Intenso, perplexo Eletrocutado. Siamês do orvalho Viver dói pra caralho.

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Na tua pele pálida
Visto o casaco de
Belial.

sábado, 14 de março de 2020

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Anjos obesos que já não conseguem voar fumam Crack numa esquina dominada por travestis pós humanos... O semáforo sorri um riso De Aldol e desomorfina. Me sinto só, mas ouço Os uivos mecânicos. Solstício nuclear, teus pés O chão gira, me encolho. Recolho, o olhar. Me cubro de plástico para Afastar os censores de calor.

quinta-feira, 12 de março de 2020

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Mondo Cane
Onde os peixes Amam a rede e Rezam pro anzol.

quarta-feira, 4 de março de 2020

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Carta aberta aos precipícios em minha mente
Eu basicamente me sinto desconectado daquilo que se entende por realidade. Orbito por bolsões de luz e treva, em alternância vertiginosa. Os vultos urbanos parecem gelatina mau formada. Para a ostra o ostracismo. Sigo cego, vigiando abismos de dopamina e enxofre. A besta está viva. Isso me alegra. O velho barbudo segura uma placa - O fim está perto. Eu sou uma andorinha, um astronauta, uma ameba. Roubaram minha chave léxica, apenas orno a fornicação e óbito alheios. Stand by. Bye, bye... Bang, bang. Triunfo da inoperância neuro asfixiante. Talismã no ânus de diamante-dinamite. Eu não respeito limites, e posso beber seu sangue se você vacilar. Sou o vapor noturno, sou as gotas gordas de sua gonorréia, o lixo que varres, a mosca que esmagas. Em tudo estou espalhado. Como esperma rejeitado, conheço meu fim eminente.

sábado, 22 de fevereiro de 2020

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Uma mente sem disciplina é uma bomba relógio. Não interessa seu argumento, todos nós estamos conectados a uma rede de afeto, solidão e morte. Apenas inventamos desculpas, teorias, partidos, paixões. Tudo isso é apenas poeira diante da força que realmente governa tudo. Bem! Mal! Tudo só para te controlar, assim como o fogo afasta as feras. Assuma sua parcela, multiplique seu afeto, estrangule seu ódio. Não falo em perfeição, isto não nos cabe, falo em percepção. Assim funciona o logos, a plantio, a colheita e o aprendizado diário. Não se curve perante o Deus de metal, que ruge assustadoramente. Violência reativa é justa e disciplina forja os fortes. Força física é a menor e tem uma função, é um meio, o fim é outro. Empatia!

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2020

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Poucos entendem Mas auto mutilação É uma forma de meditação A carne é só matéria (Morta por condição anterior) Além dela não há certezas Só a savana da mente e sua Selva de ilusões e desejos Delírios em pílulas coloridas Ajoelhe-se perante a monetização. Ajoelhe-se perante a monetização.

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Metáfora desaforada
Existem pênis que são canos de descarga. Existem pênis que são templos Existem vaginas que são cinzeiros Existem vaginas que são templos Tudo depende que onde e com quem estás.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2020

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TREVA, NÃO SE ATREVA. A SÓS SOU SEMPRE ATROZ...

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sou Kaspar Hauser Sim, sou Kaspar Hauser ... Não entendo nada, sou uma sombra Das janelas, talheres, não conheço a função. As palavras são estranhas, engraçadas Sim, sou Kaspar Hauser ... A caneta se parece com a parede Do meu quarto útero de pedra. Eu não entendo nada, mas especialmente Eu não entendo você e suas regras Certo e errado - Não Kasper! - Pare o Kasper Não entendo nada, meu nome é Kasper Eu acho que vocês são todos loucos. Burros sábios cagando em belos buracos. Eu sou ... E eu não entendo nada

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

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Urânio, por ti clamo... Estava aflito por Afeto_ Eu disse estava... Serotonina escassa E antidepressivos te Transformam em um Ser abundante em Perdas E danos... Que se dane o tesão Vou sublimar tudo Com flores e veneno Para ratos. Assim é... Se encontro, já perdi Sou o porteiro de Dante. Quiça, me chupa e deixa Gozar sangue em tua boca Galáxia de dentes pálidos. Viver é dissonante, teu abraço Apenas cacofonia De vidro gelado. Embasado pela chuva Radioativa.

sábado, 15 de fevereiro de 2020

Me chama de lixo....
A cabeça valvulada Luta_ Contra o corpo Transistorizado Teu beijo enseja Toda dor, sistemática. Me jogo no fogo do teu Sexo e gozo em Curto circuítos Perpendiculares. !Agulha no olho) Me crava as unhas Sua puta paroquiana Depois pega o punhal E nesta tragédia modorrenta Bota logo um ponto final. 16-02-20

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2020

Alegoria do Chicote

Raposa, rato, Rapunzel. Minha mãe tem um Jesus Cristo de papel. Cenoura, gato e favo de Mel Teu cu é um troféu. Anões pilotam camelos Nossa, como estou pálido. Deve ser a lua refletida na Poça de teu pranto de prazer.

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2020

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DEUS EU O PROCESSO DA AUTO POSSESSÃO.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2020

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O SILÊNCIO É UM TEMPLO EM RUÍNAS.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2020

Mar Vermelho

Sanidade é uma invenção, uma coleira invisível para conter a cólera dos que são tragados pelo mar vermelho de cada dia.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

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O máximo que tu se aproxima da filosofia é quando pratica "beijo grego".

quarta-feira, 29 de janeiro de 2020

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Geralmente pessoas com luz atraem insetos.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

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23-01-20 Queria ser o senhor das tempestades E não apenas um esquálido zigoto pela metade. Já houve vida, agora só uma prateleira onde empilho momentos inóculos e difusos, como o Dorso de uma Vênus de pedra pálida. Eu não Tenho celular, doravante nem existo. Respiro por espasmos mecânicos e pura casualidade. Lá, onde os abismos rugem, nos engarrafamentos Onde se faz sexo com lâminas de barbear, sim... É lá que ainda resta algo de mim, na fome dos Adolescentes por novidade, no idoso que enfarta Já farto de tanta dor e eletrodomésticos inteligentes É tanto para consumir, que o ralo da consciência se Torna anão. Há não, um outro eu para redimir-se. Sou Drácula, sou um pederasta, sou tua mãe, sou... O primeiro raio de sol no inferno das flores do mal.