quinta-feira, 23 de janeiro de 2020

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23-01-20 Queria ser o senhor das tempestades E não apenas um esquálido zigoto pela metade. Já houve vida, agora só uma prateleira onde empilho momentos inóculos e difusos, como o Dorso de uma Vênus de pedra pálida. Eu não Tenho celular, doravante nem existo. Respiro por espasmos mecânicos e pura casualidade. Lá, onde os abismos rugem, nos engarrafamentos Onde se faz sexo com lâminas de barbear, sim... É lá que ainda resta algo de mim, na fome dos Adolescentes por novidade, no idoso que enfarta Já farto de tanta dor e eletrodomésticos inteligentes É tanto para consumir, que o ralo da consciência se Torna anão. Há não, um outro eu para redimir-se. Sou Drácula, sou um pederasta, sou tua mãe, sou... O primeiro raio de sol no inferno das flores do mal.

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