quinta-feira, 7 de maio de 2020

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Confusão mental, dor no joelho, estômago... Mas isso é nada se comparado a saudade de ti, meu menino, que sejas forte como aço. Me odeio por não poder ser ter abrigo e escudo. Só não ponho um ponto final por ti, não sem que antes amadureça e possa te explicar da vida as mazelas. Sinto teu cheiro em uma camiseta velha, que cheiro com fúria de um lobo velho que protege a matilha. Não tenho respondido nada, me sinto só e não por vírus, minha quarentena começou a cinco anos em uma ponte. Isso é tudo que posso oferecer, tudo que sou, uma nau que queima, lentamente. Diante da multidão de miasmas, vultos grudados na parede do passado.

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