quinta-feira, 2 de julho de 2020
Canto Gregoriano (de Matos)
(Para os amigos baianos...)
Qual seu ódio favorito?
Destilado?
Fermentado?
Ou verbalizado contra o vento.
Não importa, ódio se absorve
Por osmose. Grátis, dessossado
E travestido de ideário, cosmovisão
Ou ração para exterminar ratos.
(Ora pro nobis) Santeria e toda fúria
De Exu. Toda encruzilhada é um templo
Levitando em éter, mãe da penúria terrena.
Delírio urbano de um po-do-sol asfixiado
Em São Salvador... Espada de São Jorge
E muita fumaça de sálvia. O ere sorri encabulado
É a vida se refazendo, apesar de tudo
Apesar de tanto...
Apesar das penumbras.
A bruma do oceano lambe nossos pés.
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