quarta-feira, 4 de março de 2020
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Carta aberta aos precipícios em minha mente
Eu basicamente me sinto desconectado daquilo que se entende por realidade. Orbito por bolsões de luz e treva, em alternância vertiginosa. Os vultos urbanos parecem gelatina mau formada. Para a ostra o ostracismo. Sigo cego, vigiando abismos de dopamina e enxofre. A besta está viva. Isso me alegra. O velho barbudo segura uma placa - O fim está perto. Eu sou uma andorinha, um astronauta, uma ameba. Roubaram minha chave léxica, apenas orno a fornicação e óbito alheios. Stand by. Bye, bye... Bang, bang. Triunfo da inoperância neuro asfixiante. Talismã no ânus de diamante-dinamite. Eu não respeito limites, e posso beber seu sangue se você vacilar. Sou o vapor noturno, sou as gotas gordas de sua gonorréia, o lixo que varres, a mosca que esmagas. Em tudo estou espalhado. Como esperma rejeitado, conheço meu fim eminente.
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