segunda-feira, 13 de julho de 2020
...
O ser eterno
Terá tédio infinito
Aproveite a vida e
Abrace a morte...
O resto é neurose
Judaico cristã de "inferno",
Culpa e premiação pós vida
... Inferno é conviver
Com tanta mediocridade
Travestida de autoridade e moral
baseada em escravidão. Ou achas
Que por ser "Doutor" em algo não és
Escravo. Ser vassalo da vaidade intelectual
É tão rasteiro com estar acorrentado a ignorância
Dos absolutos categóricos... No final é tudo uma
Questão de quantos dentes você tem, apenas e tão
Somente. Dinheiro e ovos de serpente.
terça-feira, 7 de julho de 2020
Eu, o outro...
Eu sou meu outro
Aquele que saboreia
Minha dor com licores
Caros. Meu caro, minha
Sombra me assusta e se
Preciso for entramos em
Embate corporal, pois psique
A menina linda de minha juventude
É hoje uma falha no ventre de todas
As coisas sentidas e não vividas.
Os antidepressivos são balas, doces
A música toca, eu escuto torto, entorpecido.
Basho e a bomba nuclear
Teu seio apertado
Entre os juncos
Iansã...
Teu cabelo, perfume
de flor selvagem.
O samurai medita e
Comete harakiri, calmo
Como o pássaro.
quinta-feira, 2 de julho de 2020
Canto Gregoriano (de Matos)
(Para os amigos baianos...)
Qual seu ódio favorito?
Destilado?
Fermentado?
Ou verbalizado contra o vento.
Não importa, ódio se absorve
Por osmose. Grátis, dessossado
E travestido de ideário, cosmovisão
Ou ração para exterminar ratos.
(Ora pro nobis) Santeria e toda fúria
De Exu. Toda encruzilhada é um templo
Levitando em éter, mãe da penúria terrena.
Delírio urbano de um po-do-sol asfixiado
Em São Salvador... Espada de São Jorge
E muita fumaça de sálvia. O ere sorri encabulado
É a vida se refazendo, apesar de tudo
Apesar de tanto...
Apesar das penumbras.
A bruma do oceano lambe nossos pés.
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