sábado, 28 de agosto de 2010
Assim é e será...
"Para Fabrício M. do Canto"
Eu odeio perfumes caros e não preciso de um colchão ortopédico
Pode ser uma cama de papelão num canto seco, apenas isto.
E se puder que toque um blues amargo ou um punk raivoso, pois
Estas coisas me fazem completo, um ser humano, não um monte
De carne que caminha sob a hipnose torpe da civilização.
Quero uma cova rasa, mas uma existência digna, o resto...
Bem, o resto é luxo, eu dispenso, deixo na despensa para os
Ratos devorarem junto com os enlatados e derivados.
Quero uma cova rasa, mas com flores do campo, quero viver
E ser livre, mas neste mundo, isto parece ser muito.
Gostaria de ouvir Coltraine, tomar uns goles amargos no
Copo do diabo, e depois sorridente jogar dardos com deus.
Chamem Tom Waits, Nina Simone e vamos divagar.
Ou sei lá, posso querer dançar sozinho e sem música.
Porém, o importante é: quero uma cova rasa e flores do campo.
Também podem me cobrir de raízes amargas, do mais doce dos méis
Me levar ao mais caro dos bordéis, mas mesmo assim, vou preferir
a companhia dos poucos amigos, digo irmãos.
Vamos celebrar, não sei exatamente o que, mas vamos celebrar.
Assim é e será...
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